sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

FOME

Meus dentes reclamam
o verso um tanto ébrio
desmedido em melodias
cheias de suculentas sensações
ah, aquela gordurinha cúmplice
de uma rima mal-feita
mas repleta de boas intenções
e de desejos os mais reprimidos
a estalar de prazer nos vazios
e cheios decassílabos
Ah, como eu quis sugar
as sílabas mais íntimas
os sons os sonhos os sins
mais belos seus
a ternura mais úmida
daquele desrimar de beijo
Meus dentes reclamam
a mordida não concretizada
na infinitude do não-palpável
na inconcretude do finito
na imensidão
daquele verso, incerto.


>> esse é dos antiguinhos...

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