sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

excessivamente Lóri

Sina, boa sina, a cada novo Ulisses... um novo universo a ser desbravado, tocado, apalpado, sentido, desfrutado, mar que pede meus pés, mundo que pede meus pés, pele -- um horizonte de pele e poros e pêlos -- que pede minhas mãos.

Lóri-em-gênese-constante. A cada instante. Uma atrás da outra, às vezes duas ou três coexistindo no mesmo espaço-tempo dos mortais, como agora, mas em tempos e espaços diferentes dentro do meu coração. Chamava dispersão, agora sei que faz parte do mundo onírico de Meryem multiplicar Lóri. O Planeta Terra precisa da Lóri que sou.

E agora que o filme do Crialese finalmente está em cartaz, vale a pena lembrar...
Nuovomondo, de Crialese, ou A Gênese de Lóri
, o primeiro post. O que a gente não esquece.

O muso inspirador foi um, com nome, sobrenome, rostinho, leituras, barbicha, sonhos e suor. Mas esse espaço tem muitos donos.
Muitos os musos, com a morenice lato sensu em sentido amplo na aparência e alma disponível.
Ulisses, todos. Com um mundo onírico de Meryem inteiro a navegar.
Pois navegar é preciso. E viver em mim também é preciso.

2 comentários:

Anônimo disse...

E relembrando seu/nosso queridíssimo CFA, num dos contos que te definem (ah, quantos...), temos:

"Mas de repente tudo já não cabia mais só dentro dela; precisava de um acontecimento externo que justificasse toda aquela largeza de dentro. A coisa externa não acontecia. E, se acontecia, não justificava. Por que não se render ao avanço natural das coisas, sem buscar definições? Como uma primavera, em mim."

Anônimo disse...

Engraçado ler uma mulher falando de musos...
Parece machista o que vou dizer...

A gente só vê essa inspiração nos textos dos homens...