sexta-feira, 6 de julho de 2007

Hoje já sem o peso de carregar essa humanidade toda em mim.
Já sem o ônus de ser humana.

Algo mudou externamente ou foi meu olhar?
Não importa.

Discordo de que humanidade rime com inutilidade. Mas que caim rima com ruim, rima.
Hoje tem flor brotando da náusea. Gérberas, antúrios, orquídeas, violetas e girassóis. E borboletas. E joaninhas. E epifanias.
Em vez de mula-sem-cabeça, boi-bumbá. Boi que ressuscita. Nós, versões de fênix, que diariamente ressuscitamos. Da combustão para um novo ser.
Impossível negar as cinzas, o cinza. Entre o vermelho do fogo e o branco azulado do ressurgimento.

E, no meio de toda essa minha humanidade sufocante e transpirante, sinto ternura. E me sinto irmanada e irradiada na multidão de rostos.
Amém.

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