quarta-feira, 4 de julho de 2007

EMBRULHADOS SEM PRESENTE

Não sei se são hordas de pingüins
ou liquidação ambulante de um mesmo produto
Embalagens procuram desesperadamente
por um presente que as valorize (ou que sirva como enfeite, não sabemos o que se passa na cabeça de uma embalagem linda e vazia)
Basta um vento e as árvores caem.
Basta uma chuva e as palavras e as palavras e as palavras
encharcam e se dissolvem, pobremente.
Desperdício.
A culpa sempre é do adubo, nunca da semente. Pois é.

Virá o dia em que não mais nos obrigarão a comprar manuais disso, daquilo, de redação, de antemão, de solução, de rimas e sobrevivências nas mais duras esquinas de todas as vidas e destinos e sonhos e mortes e
... estupefações.
Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas vindas de um mesmo mal!

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