quarta-feira, 29 de abril de 2009

cicatrizações

(Liberdade, MFV, 2009)



Havia ainda algum machucadinho quase necrosado aqui dentro. Precisei, com todo carinho e delicadeza possíveis, pôr para fora. Porque parecia espinho, apertando de vez em quando o coração e querendo ajuntar minúsculos sentimentos de desgosto a seu redor. Não, machucadinho, você já teve seu tempo e sua contribuição. Agora é hora de outras sensações...

A choradeira de ontem só refletiu a sensação de cócegas e desamparo dos primeiros voos. As asinhas começaram a bater há alguns meses, mas a sensação de pertença ao casulo perdurou mais que o casulo em si. Nem eu me dei conta tão cedo, quanto mais os demais! E, entre outras borboletas, mariposas, libélulas e vagalumes, na Colômbia, acreditei no poder das asas. E no desafio da novidade: e de ganhar outra dimensão, com outras entregas, outras improbabilidades e sempre novos imprevistos.

E foi assim, então.
Continuo crescendo. Meu coração não cabe mais nem em mim! ;-)

Já não preciso mais falar a respeito. Isso já faz parte do caminho que ficou agorinha há pouco para trás.

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