Fulano ajeita os óculos
E diz:
— É grave!
Sicrano ajeita a batina
E reza:
— É grave!
Beltrano ajeita a gravata
E brada:
— É grave!
— O que é que se vai fazer?, exclama a tia.
— Tente outra vez!, tenta a amiga.
— Calminha, calminha, intromete-se alguém.
Deu três horas da tarde. O chão tremeu,
Mas ninguém notou.
Com uma assinatura que mais parecia
Um rabisco,
Ou um indício de que ninguém ali nada entendia,
Estava escrito no pedaço de papel:
“Morreu porque queria.
Sofreu menos do que podia.
– a cera entupiu o ouvido de modo irremediável! –
E, com licença, eu preciso assistir ao Palmeiras X Bahia.”
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