sábado, 5 de junho de 2010

adieu, les enfants!

Garota moça mulher feminina fêmea, sim.
Mas, por opção, desilusão ou decepção, assexuada.
O fato é: o gênero oposto já não me interessa em nada.

Foi assim:
Um dia, bom dia, acordei e senti: não há mais espaço para um homem aqui.
Na cama no caminho no carinho no corpinho na chama na vida. Em mim.
Era assim um desgostar tranquilo, um sem-gostar. Um deixa-estar-para-lá.

Bem longe. Fiquemos todos bem longe.

Não tinha nada de rebeldia revolução mudança lesbianismo ou santificação. Não.
Era, simplesmente, um desgostar e um desligar normais. Hoje-constatei-sem-surpresa-que-de-homens-não-gosto-mais. E ponto. Sem reticências nem anuências.

Nada ia mesmo acontecer – agora é que não acontece mesmo.
E, com uma a menos para farejar os parcos espécimes disponíveis, a mulherada até que ficou contente. Desvarios compreensíveis...


p.s.: e eu tô falando sério.

2 comentários:

Anônimo disse...

Espero que sempre possa existir espaços para pessoas e relacionamentos que possam elevar o espírito e fazer bem o coração, o ser homem ou ser mulher é apenas detalhe, detalhe...

Abraços Imundos.

NelsonMP disse...

Com relação à polaridades, o acumulo de ressentimentos tem ao menos um aspecto positivo, que é o de abrir portas em direção à androginia.