domingo, 11 de maio de 2008

HUMUS

Bandeiras doloridas
E a coragem do não.
Sempre será cedo
Para adormecer o grande sonho.
Olhares.
Adeuses aliviados
Às guerras de trincheiras,
Agora mandam as batalhas diárias
De um tiro só.
Tudo se dilui.
Tudo... — o quê?
O vento leva meus cadernos
E revolve os fios grisalhos
Da jovem senhora.
Delírios.
O avesso dos tortos descaminhos,
Mil ruídos, mil ruínas.
A garotinha
E seu irmão
Caminham rumo à névoa
Ainda marcada pela claridade.


* O duplo sentido do título: alimento de qualquer jeito, meu sabor nos próximos 30 dias.

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