Ela era a mulher da saia rodada e florida, do sorriso no rosto, do belo buquê de gérberas cor de rosa nas mãos em pleno lusco-fusco. Era ela.
domingo, 30 de outubro de 2011
~~ infinidade ~~~~
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
desiderio
Estou áspera e rude como as paredes que me encerram nesta cela de pudores. Contenho explosões poliglotas de desejos semiadormecidos, semidespertos, seminus de credenciais. Mas sou inteira, não metades afoitas tentando um aperitivo ou um vermute. Quero banquete, ainda que único, ainda que impreciso, quero o acordo tácito para devorar. Fome e sede, ganas e garras, estrógeno correndo por todos os vasos e vistos: enlouquecimento sano, suave e sintomático – se me salvo, é claro, da desesperação desde dentro desta cela infame. A salivação já começou há tempos, como sempre costuma acontecer: dentes pontiagudos, seios pontiagudos, poros permeáveis e faro aguçado. Passa, passa, e me enlaça, me abraça, me faça e refaça. E me deixe refazer-te, inverter-te, ah, deslizo e realizo, te invento e te comento. Desenovelamos, um suspiro, talvez dois, ah,
Mas sigo áspera e rude, como e onde, quando e que, nesta cela de pudores, a conveniência e seus horrores, a convergência e todos os possíveis e exaltados amores.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
sapatinhos
Thatness, for sure.
domingo, 16 de outubro de 2011
luz del estío
*~* primavero, primaveras.
Hay todavía el olor de sus manos
De sus manos que deslizan que se disuelven
Por mi piel por mis pies por mis piernas
Por el rosa de mis mejillas
Por las mejillas de las rosas
Esas rosas que me envuelven como recuerdo del efímero
Ese efímero tan eterno de nosotros
Que somos, ya fuímos y pronto dejamos de ser
Siendo siempre y aún, y aún, y aún.
Sus manos tienen todavía el olor
De las rosas que pueblan
Esa piel eses pies esas piernas
Esas mejillas que tocaste, menino.
Y que – já sei, já sei – volverás a desbravar.
(Soy una constante primavera)