Não seria jamais chamada para um comercial de xampu, não receberia bônus de cinco dígitos no final do ano nem estrelaria uma campanha pela especulação imobiliária. Anônima e invisível, circula pelas esquinas e avenidas tentando escapar do aspirador de diferenças, que mantém a pobreza mas apaga a heterogeneidade.
Está à deriva; é uma náufraga em sua própria sociedade.
"Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas."
Carlos Drummond de Andrade
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