Às epifanias de Cordisburgo, ecoantes
Tem um silêncio antigo,
Antigo,
Guardado no meio do mato
Na vereda escondida, escondida,
Sob a boiada que atravessa o sertão.
Pare, escute,
Ai, Zé, opa! -- disse o Guimarães.
A poesia
-- uma moda de viola na barbearia
Uma prosa saborosa na nova loja do Brasinha
Um caldinho de sonhação.
Trem bão, trem bão...
Um grande sertão...
De veredas cristalinas
E um monte, monte, monte de histórias não-ditas
Como aquela do Preditão.
Tem luz que a gente não sabe origem
Que desconhece quem acende ou quem apaga
Um brilho que acompanha o rumar na floresta escura,
Ué, ué, ué?
Querer? A gente paaaaaaaaaassssssaaaaaaaaa
Pelo tempo, parado esse tempo,
Que nem boi no pasto. Laaaaargo...
Queira, não, viiiiivaaaaa...
O quem das coisas, é o que é,
E não as coisas de quem:
São falas de todos os jeitos
Contações contadas sonhadas carameladas
De todas as gentes, mesmo dos mais miúdos,
Pessoações.
E o silêncio antigo, dos mais antigos,
Do tempo de quando o sol apagou e foi noite todo o dia, todo dia,
esse silêncio
Acompanha a vida, os grilos, o ziguezague do ribeirão,
Corda, corda, mais corda,
Avance os trilhos!, eia, coração.
Era uma vez um burgo
em que se contavam histórias
e nesse burgo havia eu.
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