Continuo passeando por esse idioma recém-aprendido, estalando de fresco nas estradas apenas construídas dentro do meu cérebro e, principalmente, de meu coração. Volta, volta, minha impressão é que estou escorregando do mundo de fantasia para o mundo de concreto esquecendo miudinho a miudinho todo aquele novo mundo que me acolheu de braços e sorrisos abertos. Volta, volta. Não quero me esquecer do condicional, do subjuntivo, mas principalmente do presente, do presente que essa língua me concedeu. Piano-piano, reformando rotas e pequenas choupanas no meu pensamento, abrindo janelas em paredes vazias. Sentimentos aos borbotões, reconhecimentos. Pertencimento, pertença. Penso num caldo, num brodo, num creme de pana, denso, no qual nado, nado, passeio, flutuo, me afogo e logo me redescubro. Canto as palavras, saltito nas cadências – um trajeto que fiz só meu além-gramáticas, além-sintaxe, além-grafias.
Hoje choro, choro dolorido e alegre, choro branco, choro azul, choro o cintilante dos lungomares visitados e tão experimentados cá dentro. Nesses pedaços de léxicos estão pedaços grandes e generosos de mim. Grandes. E de mim. Non ti dimenticarò, italiano, sei proprio mio.
Ela era a mulher da saia rodada e florida, do sorriso no rosto, do belo buquê de gérberas cor de rosa nas mãos em pleno lusco-fusco. Era ela.
domingo, 27 de dezembro de 2009
Parola
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2 comentários:
tá gastronômico demais esse blog! são 23h46 e essas fotos tão me dando fome!
e quanti italiani che ci sono... ogni giorno ne conosciamo uno, e lo trasformiamo, lo cambiamo, e pian pianino diventa tuo, mio, suo, del mondo!
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