No sé cuanto tiempo tardó para que se decidiera, concretamente, lanzar la “Little Boy” sobre Hiroshima. Cuanto tiempo entre una decisión, una orden, la acción y el hecho. Entre apretar un botón y la destrucción. El primero tiro en Bagdad. La primera muerte en Srebrenica, en Ruanda. La primera explosión en Afganistán, en Sudán, no sé dónde.
La pequeña grande destrucción de que he participado quizás no haya durado más que una hora. Ataques vehementes de un lado hacia otro, disparos agudos y precisos. Una bomba cargada de distopia. El anuncio de la guerra ya había sido dado días antes; los dos lados sabían que todo iba terminar en sangre, pero era difícil creer cuando el cielo estaba todavía azul, sin nubes, y el aire dispersaba cariño. Habían sido semanas de una delicada tesitura de compañerismo y confianza. Pero el mensaje vino de nuevo, corto y mordaz. Me parecía todo en tono de broma, intenté un desastroso acuerdo de paz, no puse mucha confianza de que el fin estaba al costado y expuse mi corazón. Empezaba a aprender, por fin, a deletrear: a-m... Me equivoqué; soy una pésima estratega de guerra. Pésima.
Todavía me encuentro aturdida. Miro alrededor y solo veo huecos, pensamientos quemados, fragmentos sucios de abrazos partidos, huellas inconclusas. Ole feo, siento sed, escucho la tierra ardiendo por dentro, con un dolor por ahora insoportable. Tal vez no sea posible plantar en los próximos tiempos, tampoco se pondrá una carpa, una hamaca, un huerto.
Tiempos antes, uno de eses viejos combatientes de otras épocas había pasado por aquí hablando de la necesidad de una ‘voluntad de hierro’: en contra la desolación, mi reina, que no te pierdas a tú misma. ¡Ánimos!
Soy una víctima-villana de guerra: una herida inmensa, manos sin uñas, pies despellejados, sentimientos destrozados, cara desfigurada. Busco ahora justamente esa chispa que me hará ver que la vida es seguramente más testaruda que nuestros miedos y vanidades.
Voluntad de hierro, mi reina. De hierro!
Ela era a mulher da saia rodada e florida, do sorriso no rosto, do belo buquê de gérberas cor de rosa nas mãos em pleno lusco-fusco. Era ela.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
atônita
Tentei fazer brigadeiro, que não deu ponto por causa do calor e do leite condensado, excessivamente líquido. Mas as bolotas esparramadas ficaram tão gostosas que acabei por aceitar a impermanência das formas e desfrutar da experiência. Choveu repentinamente, mas logo o sol voltou como se nada tivesse acontecido. O céu também fazia seus brigadeiros esquisitos. Por isso, dei pouca importância às roupas molhadas no varal. Confesso: dei pouca atenção ao cotidiano em geral nesta segunda-feira.
Ainda estou atônita observando esse “¿” que apareceu assim, de modo displicente, em minha vida. Uma provocação, uma pergunta, um início de indagação, uma questão caída por terra, uma iluminação que escorregou do céu. Não sei. Um certo tipo de amor inexplicado e inexplicável. Um espanto às avessas é uma certeza travessa? Quem saberá... Eu pouco, quase nada. Tergiverso, eu sei. Tergiverso versos túrgidos e inversos.
¿
Não sei o que dizer. ¿ – e me ponho toda sentimental, quase edulcorada. Enrubescida e doce. Olho pelo espelho, mas não descubro todas as respostas. Imagino que seja fruto de uma saudade antecipada gerada por uma vontade de grudar nele e não sair mais dali. Não quero participar de sua rotina e de suas noites curtas, permeadas de sonhos com anjos caídos ou armadilhas no chão escuro, armadilhas cobertas por palha ou grama. Erros irrecuperáveis, certa vez me disse. Tampouco quero sexo – por algum motivo, ele alcança minha alma, mas não chega a meu corpo. Quero as manhãs de sábado, passando as mãos por seus poucos cabelos, escutando suas histórias. Quero as noites de sexta, compartilhando cervejas e filosofias e depois sua geografia. Quero as tardes de domingo, entre o sol e a janela, percorrendo de trem caminhos de belezas diferentes e tocando de leve sua mão. Assim.
¿
¿, não sei o que lhe perguntar. Nem o que lhe responder. Não tenho o que lhe dizer. Meus comentários estão supérfluos diante de minhas sensações. São muitas e ainda parcialmente catalogadas. Há várias endêmicas, que só acontecem aqui. Bem aqui.
Pois talvez eu deva voltar à cozinha e preparar algo mais complexo, que exija fermento e muita farinha. Talvez eu deva lavar novamente a roupa, estender minhas dúvidas e molhar quaisquer inquietações a fim de ver se brotam. Às vezes ocorre de aparecer um toco de esperança ou de violetas, e assim a vida se torna mais palpável, compreensível.
Ainda estou atônita observando esse “¿” que apareceu assim, de modo displicente, em minha vida. Uma provocação, uma pergunta, um início de indagação, uma questão caída por terra, uma iluminação que escorregou do céu. Não sei. Um certo tipo de amor inexplicado e inexplicável. Um espanto às avessas é uma certeza travessa? Quem saberá... Eu pouco, quase nada. Tergiverso, eu sei. Tergiverso versos túrgidos e inversos.
¿
Não sei o que dizer. ¿ – e me ponho toda sentimental, quase edulcorada. Enrubescida e doce. Olho pelo espelho, mas não descubro todas as respostas. Imagino que seja fruto de uma saudade antecipada gerada por uma vontade de grudar nele e não sair mais dali. Não quero participar de sua rotina e de suas noites curtas, permeadas de sonhos com anjos caídos ou armadilhas no chão escuro, armadilhas cobertas por palha ou grama. Erros irrecuperáveis, certa vez me disse. Tampouco quero sexo – por algum motivo, ele alcança minha alma, mas não chega a meu corpo. Quero as manhãs de sábado, passando as mãos por seus poucos cabelos, escutando suas histórias. Quero as noites de sexta, compartilhando cervejas e filosofias e depois sua geografia. Quero as tardes de domingo, entre o sol e a janela, percorrendo de trem caminhos de belezas diferentes e tocando de leve sua mão. Assim.
¿
¿, não sei o que lhe perguntar. Nem o que lhe responder. Não tenho o que lhe dizer. Meus comentários estão supérfluos diante de minhas sensações. São muitas e ainda parcialmente catalogadas. Há várias endêmicas, que só acontecem aqui. Bem aqui.
Pois talvez eu deva voltar à cozinha e preparar algo mais complexo, que exija fermento e muita farinha. Talvez eu deva lavar novamente a roupa, estender minhas dúvidas e molhar quaisquer inquietações a fim de ver se brotam. Às vezes ocorre de aparecer um toco de esperança ou de violetas, e assim a vida se torna mais palpável, compreensível.
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